O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que vai esperar as investigações sobre o suicídio de um empresário em Sergipe, durante um seminário de gás natural na quinta-feira, 4, para se pronunciar sobre possíveis falhas na segurança do evento. Ele lamentou o ocorrido, tanto nesta sexta em evento no Rio, como em nota oficial na quinta, mas disse não ter informações suficientes para saber se houve falha de segurança no local.
"O que ocorreu ontem (quinta), como já foi mencionado, foi uma tragédia, um ocorrido lamentável. Eu não tenho informações no que diz respeito à segurança do evento. Até onde sei, foram abertas investigações por parte da segurança pública de Sergipe, e temos que aguardar essas informações para aí sim emitirmos algum juízo de valor sobre o assunto", afirmou em coletiva a jornalistas, após almoço-palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Presente ao evento da ACRJ, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, contou que também estava no seminário em Sergipe, promovido para explicar as novas regras do setor de gás natural, em grande parte idealizadas pela agência. Segundo ele, foi tudo muito rápido e ninguém percebeu o empresário sacar a arma, e quando ouviram o barulho do tiro não associaram imediatamente ao disparo de um revólver. "Quando vimos ele (empresário) estava no chão", disse Oddone.
O empresário do setor de cerâmica de Sergipe Sadi Gitz, de 70 anos, se matou após chamar o governador do Estado, Belivaldo Chagas, de mentiroso, sem explicar o motivo. Ele disparou na própria boca e caiu para trás, segundo testemunhas, surpreendendo todos no local. Segundo amigos de Gitz, o preço alto do gás teria levado à suspensão de duas fábricas do empresário e os problemas financeiros teriam sido o motivo do suicídio.
Além de Albuquerque e Oddone, o diretor de Petróleo e Gás da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Mauro Coelho, também estava em Sergipe e lamentou a tragédia.