Mesmo após o fechamento em queda na quinta-feira, 4, os juros futuros abriram com viés de baixa ainda reagindo à conclusão da etapa de discussão da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, segundo um analista. O DI para janeiro de 2020 abriu a 5,83% ante 5,87% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2021 abre a 5,67% ante 5,71% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2023 abriu a 6,45% ante 6,48% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2025 abriu a 6,94% ante 6,98% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2027 abriu a 7,28% ante 7,30% no ajuste de quinta. Pouco depois da abertura, os juros longos marcaram máximas com viés de alta, voltando a oscilar perto dos ajustes de quinta com a desaceleração do dólar ante o real.
Às 9h30, foi divulgado que o mercado de trabalho nos Estados Unidos gerou 224 mil vagas de trabalho em junho. A previsão era de 160 mil. Esse era o principal dado da sexta-feira. Logo após a divulgação do resultado, o dólar se fortaleceu no mercado global e, levemente, no câmbio doméstico. No segmento de juros futuros, não houve reação imediata.
Voltando à questão da reforma da Previdência, os investidores ficam atentos a partir de agora à mobilização pelo Poder Executivo para angariar os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência em plenário. Nessa madrugada, após a votação dos destaques, o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, disse que a articulação começa já. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli, participam, a partir das 17h30, da feira do grupo XP Investimentos em São Paulo. Apesar de as falas serem depois do fechamento da sessão regular do mercado de juros, o investidor ficará atento às mensagens das duas casas.
Mais cedo, a FGV divulgou que IPC-C1 caiu 0,07% em junho, após uma alta de 0,26% em maio. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou variação positiva de 2,72% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 3,85%.