Economia

Gerente executivo da FGV reflete sobre o futuro do trabalho e tecnologias

De acordo com Carlos Augusto Costa, população deve estar preparada para as novas exigências do mercado de trabalho. ''Todos têm de ser educados para entender as novas tecnologias''

Beatriz Roscoe*, Augusto Fernandes
postado em 02/07/2019 00:00
De acordo com Carlos Augusto Costa, população deve estar preparada para as novas exigências do mercado de trabalho. ''Todos têm de ser educados para entender as novas tecnologias''Com a tecnologia se desenvolvendo cada vez mais rápido, é fundamental que a população se prepare para absorver as novas demandas, disse o gerente executivo da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto Costa, no Correio Debate 25 Anos do Real. Segundo ele, "é necessário pensar em como contribuir para que o cidadão seja educado para entender as novas tecnologias e saibam lidar com um ambiente mais competitivo e mais exigente no mercado de trabalho".

"A internet alterou tudo e novas tecnologias surgiram, como a inteligência artificial. Isso faz com que as pessoas se preocupem com a existência de empregos no futuro, portanto, é preciso trabalhar para que o cidadão do futuro esteja à frente das novas tecnologias", afirmou.

Costa explicou que o mundo passa por grandes transformações que, necessariamente, impactarão os empregos. "É importante pensar como esses processos vão acontecer e afetar os seres humanos. São eles que estarão tomando decisões no dia a dia e as decisões dessas pessoas, sejam elas coletivas ou individuais, serão reflexo da tensão do momento que elas estão vivendo e de experiências passadas".

Segundo Costa, é importante que os governos e as instituições responsáveis pela formação dessas pessoas busquem soluções. "É um alerta para que se tenha um olhar para o cidadão. Para as pessoas que mais importam dentro desse processo de desenvolvimento tecnológico", frisou.

Ainda de acordo com Costa, há uma relação direta entre comportamento e economia. "Quando o consumidor vai comprar algo, ele está imerso em todo esse processo", relatou. Carlos explicou que à medida que o consumidor está em um bom momento, com uma visão de futuro positiva, tende a comprar mais e se relacionar melhor com o ambiente de negócios ao qual está inserido.

"A economia quem faz somos nós. Demanda, quem faz, são as pessoas. Se elas estão satisfeitas, tendem a consumir mais e, com isso, a economia cresce. Então, esse ambiente precisa ser percebido. É importante que quem tem a responsabilidade de gerar emprego e renda esteja preocupado com a qualidade desse componente essencial da economia", afirmou.

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