Jornal Correio Braziliense

Economia

Gerente executivo da FGV reflete sobre o futuro do trabalho e tecnologias

De acordo com Carlos Augusto Costa, população deve estar preparada para as novas exigências do mercado de trabalho. ''Todos têm de ser educados para entender as novas tecnologias''

Com a tecnologia se desenvolvendo cada vez mais rápido, é fundamental que a população se prepare para absorver as novas demandas, disse o gerente executivo da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto Costa, no Correio Debate 25 Anos do Real. Segundo ele, "é necessário pensar em como contribuir para que o cidadão seja educado para entender as novas tecnologias e saibam lidar com um ambiente mais competitivo e mais exigente no mercado de trabalho".

"A internet alterou tudo e novas tecnologias surgiram, como a inteligência artificial. Isso faz com que as pessoas se preocupem com a existência de empregos no futuro, portanto, é preciso trabalhar para que o cidadão do futuro esteja à frente das novas tecnologias", afirmou.

Costa explicou que o mundo passa por grandes transformações que, necessariamente, impactarão os empregos. "É importante pensar como esses processos vão acontecer e afetar os seres humanos. São eles que estarão tomando decisões no dia a dia e as decisões dessas pessoas, sejam elas coletivas ou individuais, serão reflexo da tensão do momento que elas estão vivendo e de experiências passadas".

Segundo Costa, é importante que os governos e as instituições responsáveis pela formação dessas pessoas busquem soluções. "É um alerta para que se tenha um olhar para o cidadão. Para as pessoas que mais importam dentro desse processo de desenvolvimento tecnológico", frisou.

Ainda de acordo com Costa, há uma relação direta entre comportamento e economia. "Quando o consumidor vai comprar algo, ele está imerso em todo esse processo", relatou. Carlos explicou que à medida que o consumidor está em um bom momento, com uma visão de futuro positiva, tende a comprar mais e se relacionar melhor com o ambiente de negócios ao qual está inserido.

"A economia quem faz somos nós. Demanda, quem faz, são as pessoas. Se elas estão satisfeitas, tendem a consumir mais e, com isso, a economia cresce. Então, esse ambiente precisa ser percebido. É importante que quem tem a responsabilidade de gerar emprego e renda esteja preocupado com a qualidade desse componente essencial da economia", afirmou.