A alta do PMI Industrial do Brasil na passagem de maio para junho, de 50,2 pontos para 51 pontos, traz certo alívio aos responsáveis pelas tomadas de decisões no setor, principalmente depois da pressão ocasionada pela tragédia de Brumadinho. A avaliação é da economista-chefe da JHS Markit, Pollyanna De Lima. "Houve uma ligeira melhora no crescimento do volume da produção industrial brasileira em junho, após uma desaceleração considerável em maio", disse.
Segundo a economista, houve um aumento na demanda por bens intermediários e por bens de capital no final do segundo trimestre compensando a desaceleração nas vendas de bens de consumo.
"Os dados básicos indicaram que o mercado interno foi a principal fonte de crescimento, com o volume consolidado de produtos industrializados para exportação caindo ao ritmo mais rápido em quase dois anos e meio", observou Pollyanna.
A economista observa também que uma segunda queda consecutiva no nível de empregos do setor industrial mostra que o mercado de trabalho continua frágil. "No curto prazo, o progresso será provavelmente tépido, já que uma queda acentuada e acelerada nos pedidos em atraso sugere que as empresas ainda têm capacidade ociosa em excesso, podendo aumentar a produção sem precisar criar empregos", disse.