O acordo permitirá a eliminação de tarifas de produtos agrícolas, como laranja, frutas e café solúvel, e a ampliação do acesso de exportadores brasileiros para carnes, açúcar e etanol. As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Assim, haverá equalização das condições de concorrência com outros parceiros que já têm acordos de livre comércio com a União Europeia.
No setor de serviços, o acordo vai garantir acesso efetivo em segmentos como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros. O mercado de licitações da UE poderá ser acessado por empresas brasileiras que façam compras públicas. As novas possibilidades vão agilizar e reduzir custos com importaçãoi, exportação e trânsito de bens.
Segundo o Ministério da Economia, o acordo vai ajudar na competitividade do Brasil, já que garante, aos produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. Da mesma forma, haverá a possibilidade de geração de mais investimentos, renda e emprego ao Brasil por meio da redução de barreiras, maior segurança jurídica e transparência de regras. Para os consumidores também haverá benefícios, eles terão acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos.
O aumento de investimentos no Brasil deverá ser em torno de R$ 113 bilhões. Segundo estimativas do Ministério da Economia, se a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção forem considerados, o incremento do PIB brasileiro pode chegar a US$ 125 bilhões em 15 anos. Já as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.