Jornal Correio Braziliense

Economia

DIs curtos rondam a estabilidade após Copom, enquanto longos caem com o dólar

Na primeira sessão após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 6,50% ao ano, mas sinalizar possibilidade de cortes em caso de aprovação da reforma da Previdência, as taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DIs) mais curtas, que abrigam as apostas para a trajetória da Selic nos próximos meses, operam perto da estabilidade nesta sexta-feira, 21. Já as taxas intermediárias e longas apresentam queda firme, acompanhando o tombo do dólar. Também contribuem para o recuo dos prêmios o ambiente global propício a um afrouxamento monetário, após sinais de corte de juros emitidos por Federal Reserve (Fed,o banco central americano), Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra e Banco do Japão. No front interno, permanece o otimismo com a aprovação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar. Entre os DIs mais curtos, o contrato com vencimento em julho trabalha em leve alta, a 6,40% (ante 6,375%), refletindo ajustes à frustração das apostas, ainda que residuais, de que haveria redução imediata da Selic. O DI para janeiro de 2020 - que abriga as expectativas para o rumo da taxa básica até o fim do ano - é negociado praticamente estável, a 6,00%, ante 6,083% no ajuste de Quarta-feira (19). Entre os contratos mais longos, reina a tendência de redução dos prêmios, na esteira da queda do dólar, que mais cedo rompeu o piso de R$ 3,83, e a perspectiva de cortes de juros nos países desenvolvidos. O DI para janeiro de 2025 é negociado a 7,18%, ante 7,421% no ajuste anterior.