A Avianca, no auge de sua crise em abril, teve um aumento de 39,9% no preço das passagens em comparação aos 12 meses anteriores. Gol e Latam dividiam espaço com a empresa entre as três maiores companhias do país, registrando aumentos acima da média. A Gol teve um crescimento de 38,2% e preço médio de R$ 427,63, enquanto a Latam com 41,4%, a R$ 410,98.
No caso da Avianca, o aumento nos preços se mostrou expressivo principalmente nas rotas de maior atividade. Na ponte aérea Rio-São Paulo, a alta bateu 72%, com um valor de R$ 384,21. O trecho entre Rio e Salvador teve alta de 84,9% no valor da passagem, com R$ 625,84. O trecho Rio-Brasília subiu 44,5% com saída do Santos Dumont (para R$ 343,13) e 141,5% quando a partida é do Galeão (para R$ 488,58).
Com isso, o leilão de ativos previsto para acontecer em 10 de julho, pode ser afetado. A empresa, que entrou com um pedido de recuperação judicial em dezembro do ano passado, planejava leiloar seis unidades produtivas isoladas (UPIs) com slots (autorizações de pouso e decolagem) nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont, além do programa de fidelidade (Amigo), com quase 3 milhões de clientes cadastrados.
A Anac informou que, apesar dos dados divulgados, ainda não há novidades sobre o processo de recuperação judicial da Avianca, que está sendo conduzido na 1; Vara de Falência da Justiça de São Paulo pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, responsável por montar um plano de leilão para a companhia. A agência ressaltou que mesmo no nome da empresa, não há mais direito sobre os slots que perderam a regularidade.
Procurada pelo Correio, a Avianca não respondeu até o fechamento desta matéria.
*Estagiarias sob supervisão de Ronayre Nunes.