[SAIBAMAIS] "O desempenho da agropecuária e da indústria explicam essa desaceleração da atividade econômica. A taxa acumulada em 12 meses chegou a 0,6%; menor crescimento registrado desde o acumulado em 12 meses até outubro de 2017. No acumulado em 12 meses até abril a indústria volta ao terreno negativo depois de 14 meses de crescimento. Chama atenção que a extrativa e a transformação também retornam a variações negativas", afirma Cláudio Considera, coordenador do Monitor do PIB, em nota divulgada há pouco pela FGV.
Na passagem de março para abril, o PIB da agropecuária caiu 1,9%, enquanto o PIB industrial recuou 0,4%, nas estimativas da FGV. "Dentro da indústria a única exceção foi o crescimento de 0,3% da transformação", diz a nota da FGV.
A agropecuária e a indústria também puxaram a queda da atividade na comparação com abril do ano passado. Nessa ótica de comparação, o PIB da agropecuária encolheu 2,0%. Já o PIB industrial tombou 2,3%.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,7% em abril ante março - alta de 2,1% ante abril de 2018. Segundo a FGV, no trimestre móvel terminado em abril, o consumo de serviços puxou esse movimento, com alta de 1,8% ante o trimestre móvel terminado em abril de 2018 - o consumo das famílias como um todo avançou 1,3% no trimestre móvel terminado em abril ante igual período do ano passado.
Já a formação bruto de capital fixo (FBCF, conta dos investimentos no PIB) avançou 0,4% em abril ante março. Ante abril de 2018, a alta foi de 1,4%. "Mais uma vez, o desempenho positivo é devido ao componente de máquinas e equipamentos", diz a nota da FGV, numa referência ao desempenho da FBCF no trimestre móvel encerrado em abril, quando houve avanço de 0,6% ante igual período de 2018.
Segundo a FGV, entre os componentes da demanda, o Monitor do PIB de abril registrou quedas apenas nas importações. Houve recuo tanto na comparação com março (-2,6%) quanto em relação a abril de 2018 (-1,7%).