Mercado Livre já é maior que o Twitter
Criado na Argentina, em 1999, o grupo de comércio eletrônico Mercado Livre (foto da sede em São Paulo) alcançou, nesta semana, um feito histórico: pela primeira vez, uma empresa da América Latina integra o ranking das 30 maiores companhias de tecnologia do mundo. Com valor de mercado de US$ 30 bilhões, o Mercado Livre aparece à frente do Twitter, cotado em US$ 28 bilhões. O dado está no Mary Meeker Trends 2019, o mais completo relatório global sobre a internet. Entre as 30 empresas da lista, 18 têm sede nos Estados Unidos. O Mary Meeker traz indicadores surpreendentes. Se forem consideradas as 25 companhias de tecnologia, 60% delas foram fundadas por descendentes de imigrantes de primeira ou segunda geração ; o que não deixa de ser uma ironia para governantes como o presidente americano Donald Trump, que tem criado leis restritivas para estrangeiros. Segundo o Mary Meeker, em 2018, 3,8 bilhões de pessoas tiveram acesso à internet. É a primeira vez que o número corresponde a mais da metade (51%) da população mundial.
No mundo dos videogames
A plataforma de streaming Netflix apresentou ontem o seu primeiro jogo de videogame, baseado na terceira temporada da série Stranger things. Chamado Stranger things 3: The game, ele estará disponível para os consoles de Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One a partir de 4 de julho, mesma data de estreia do seriado. A explicação é óbvia: a Netflix quer expandir a atuação após a entrada de concorrentes no segmento de streaming, como Prime Video, Amazon, e Disney+.
US$ 1,2 bilhão
é quanto movimentou o mercado brasileiro de educação internacional no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). Em 2018, 365 mil pessoas foram estudar em outros países, alta de 21% ante 2017
"Empresas bem-sucedidas precisam de mulheres em cargos de liderança;
Camilla Junqueira, diretora-geral da Endeavor Brasil, organização de apoio ao empreendedorismo
Cartilha contra racismo
Depois de ter sido advertida pela Fundação Procon sobre uma suposta conduta racista, a rede varejista Kalunga vai elaborar uma cartilha para todos os funcionários. Segundo um diretor da empresa, o conteúdo do material ainda não está definido, mas incluirá orientações principalmente sobre como tratar minorias. No Brasil, manuais desse tipo são incomuns, mas em países como Alemanha e Suécia costumam ser adotados pelas
grandes empresas.
A perigosa evolução das fake news
Depois das fake news, agora é a vez das deep fakes. As mentiras são tão bem contadas que parecem verdade ; mesmo para especialistas, é difícil desvendar a armação. Pesquisadores da Universidade de Stanford fizeram experimentos em vídeo, acrescentando, excluindo ou alterando palavras, e os resultados mostraram que as deep fakes são perigosas. Nos testes em que os vídeos falsos foram exibidos para um grupo de 138 voluntários, 60% disseram que as edições mentirosas eram reais.
Rapidinhas
- A fintech brasileira PagBem, que facilita o tráfego de informações e de dinheiro entre caminhoneiros, recebeu um aporte de R$ 100 milhões da gestora Omni. Com o negócio, a PagBem passou a oferecer financiamento de veículos usados, em um segmento que tem dificuldade para obter crédito.
- E por falar em crédito: a Atta, startup que conecta imobiliárias, corretores e bancos para a liberação de financiamentos ou garantias locatícias, projeta movimentar R$ 1 bilhão até o fim de 2019. A empresa foi criada há apenas 10 meses, o que reforça o potencial de um setor que tem encontrado dificuldades para decolar.
- Com 50 mil eventos cadastrados em 1,4 mil cidades brasileiras e em Portugal, a Doity, plataforma de gerenciamento de eventos corporativos, acadêmicos e científicos, está de olho em novos mercados. Com forte atuação no Nordeste, a empresa quer reforçar a presença em grandes centros, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília.
- Nem o Tinder, o aplicativo de relacionamentos, escapa das garras do presidente russo Vladimir Putin. Por determinação do governo, o Tinder é obrigado a deixar disponível para os serviços de inteligência todos os dados dos usuários, incluindo mensagens. A alegação é a desculpa surrada dos governantes autoritários: garantir a segurança nacional.