O indicador de recuperação de crédito registrou alta de 4,7% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo a Boa Vista. Na comparação com o mesmo mês de 2018, porém, houve redução de 9,9%. No ano, o indicador também acumula queda de 7,1%, assim como em 12 meses (-1,2%).
O índice é obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base de dados da Boa Vista.
Na margem, todas as regiões do País apresentaram avanço. A maior alta foi observada na região Sul (6,0%), seguido do Centro Oeste (5,6%) e do Sudeste (5,2%).
Depois aparecem o Nordeste (2,8%) e a região Norte (1,8%). Em 12 meses, por sua vez, os resultados são todos negativos: Centro Oeste (-2,3%), Sudeste (-1,4%), Norte (-1,2%), Nordeste (-0,9%) e Sul (-0,2%).
A Boa Vista ressalta, em nota, que a queda do indicador em 12 meses sinaliza dificuldade dos endividados de reequilibrarem a sua situação financeira. Já, no mês, a instituição avalia que o crescimento da recuperação de crédito pode ser reflexo dos juros baixos, que tendem a ajudar a renegociação de dívidas.
Contudo, a Boa Vista pondera que ainda há tendência de queda da recuperação de crédito. "Apesar da alta de maio, que, em si, é uma notícia positiva, é cedo para falar em mudança desta tendência, uma vez que não há qualquer indício de alteração consistente na situação do mercado de trabalho", diz, citando o elevado desemprego, a alta subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda.