Antes mesmo de encerrar o julgamento no Supremo Tribunal Federal, a expectativa de que a Corte permitiria a privatização de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso, aliada à percepção de melhora nos cenários interno e externo, fizeram com que o Ibovespa tivesse fortes ganhos, fechando a 97.204 pontos, com alta de 1,26%. Os ativos da Petrobras encerraram o pregão com valorização superiores a 1%, reflexo do julgamento, mas também da recuperação do preço do petróleo.
A notícia do possível adiamento das cobranças de tarifas do México pelos Estados Unidos e o avanço significativo das commodities e das bolsas americanas favoreceram os ganhos do índice brasileiro desde o período da manhã. Também contribuíram para o resultado a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de continuar com estímulos à economia. Tanto o cenário interno quanto o externo fortaleceram o real.
O real voltou a se valorizar, acompanhando a desvalorização do dólar no exterior, sobretudo ante moedas fortes, e com as mesas monitorando questões políticas domésticas. Após bater em R$ 3,90 durante os negócios de quarta-feira, a moeda americana terminou em R$ 3,883, com queda de 0,30%.
Para Pablo Spyer, diretor operacional da Mirae Asset, o momento é bom. ;As notícias lá foram tiveram efeitos positivos para alguns ativos brasileiros. O dólar acabou zerando e não é nada muito alarmante, mas no geral o mercado segue otimista em relação a aprovação da reforma da Previdência e implorando por um corte de juros;, disse.
O economista Felipe Queiroz vê os benefícios a curto prazo, mas acredita que o mercado ainda vai oscilar muito nos próximos meses, devido lentidão para aprovar a reforma da Previdência.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira