A partir da segunda, as taxas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) terão a mesma variação. Os juros mínimos nas duas modalidades serão de 8,5% ao ano, enquanto os máximos passarão a ser de 9,75% anuais. Até agora, o SFI cobrava taxas de 9,75% a 11,25% ao ano. Já o SFH custava entre 8,75% e 9,75% anuais.
A principal diferença entre os dois sistemas é que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) só pode ser usado na operação no SFH. O financiamento serve para imóveis novos, usados, aquisição de terreno, construção de terreno próprio, reforma e ampliação.
Na interpretação da Caixa, a medida é fundamental para ampliar a oferta de crédito e dar acesso à casa própria. Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a medida reduzirá a mensalidade e permitirá que mais pessoas comprem imóveis. "Nossa intenção é incentivar o crédito imobiliário como um todo. Isso ajuda a reativar a economia, criar empregos e é justo com a sociedade brasileira", alegou.
As ações, no entanto, não valem para o programa Minha Casa Minha Vida.
Tabela Price
Outra novidade é a inclusão na oferta da Tabale Price, na qual o valor da parcela é constante durante todo o período do financiamento. No sistema SAC (único ofertado até hoje pela Caixa), as parcelas começam mais caras e vão reduzindo. "Essa novidade (Price) permite que uma entrada inferior", afirmou Guimarães.
Outra medida que deve ser anunciada nas próximas semanas é a possibilidade de oferta de crédito com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em vez da atual Taxa Referencial (TR). Para o presidente da Caixa, a ação é melhor para securitizar os recursos.
Renegociação de dívidas com a Caixa
Ao todo, há R$ 10,1 bilhões que são devidos pelos clientes ao banco. Guimarães estima que entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão devem ser devolvidos em 2019. A Caixa informou que há 5,2 milhões de contratos ativos de crédito imobiliário, ou seja, 11% da carteira têm algum tipo de problema de atraso.
Facilidades
Guimarães ressaltou que a haverá uma série de iniciativas para facilitar a quitação do bem. Por exemplo, famílias que tiverem atrasos recorrentes poderão ter a condição de pagar uma prestação e incorporar o restante da dívida nas mensalidades que faltam.De acordo com Guimarães, a medida não foi adotada porque a inadimplência está elevada, mas porque a casa própria é a espinha dorsal da família em termos de bens. "A ação é para uma devolução de cidadania financeira às pessoas. O bem mais importante material para a família, nós entendemos que é a casa própria. São 2,3 milhões de pessoas que estão em atraso, e a Caixa quer evitar que percam o seu bem mais precioso. Vamos ajudar a pagar, porque entendemos que é um momento complexo", disse.