O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 6,637 bilhões em abril, informou nesta sexta-feira (31/5), o Banco Central. O resultado representa o melhor desempenho para o mês desde 2017, quando houve superávit de R$ 12,908 bilhões. Em março, havia sido registrado déficit de R$ 18,629 bilhões.
[SAIBAMAIS]
O resultado primário consolidado do mês passado superou levemente a mediana das estimativas do mercado financeiro, de R$ 6,570 bilhões, num intervalo que previa superávit de R$ 900 milhões a R$ 8,528 bilhões, conforme apuração do Projeções Broadcast.
Segundo o BC, o resultado fiscal de abril foi composto por um superávit de R$ 6,133 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 731 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 1,043 bilhão, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 312 milhões. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 227 milhões.
Quadrimestre
As contas do setor público acumularam superávit primário de R$ 19,974 bilhões no primeiro quadrimestre de 2019, o equivalente a 0,86% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.
O superávit fiscal no primeiro quadrimestre contou com saldo positivo de R$ 728 milhões no Governo Central (0,03% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 17,895 bilhões (0,77% do PIB) no período.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 16,425 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 1,470 bilhão. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,351 bilhão no período.
A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 132,0 bilhões para 2019. No caso do Governo Central, a meta é um déficit de R$ 139,0 bilhões.
12 meses
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 95,575 bilhões em 12 meses até abril, o equivalente a 1,37% do PIB, informou o Banco Central.
O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em abril pode ser atribuído ao rombo de R$ 112,794 bilhões do Governo Central (1,62% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 10,755 bilhões (0,15% do PIB) em 12 meses até abril.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 13,251 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 2,496 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 6,463 bilhões no período.
Déficit nominal
O setor público consolidado registrou déficit nominal de R$ 28,048 bilhões em abril. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 62,175 bilhões e, em abril de 2018, deficitário em R$ 26,751 bilhões.
No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 22,881 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 4,444 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 723 milhões.
No primeiro quadrimestre, o déficit nominal somou R$ 109,192 bilhões, o que equivale a 4,69% do PIB. Em 12 meses até abril, há déficit nominal de R$ 485,071 bilhões, ou 6,98% do PIB.
Gasto com juros
De acordo com o BC, o setor público consolidado teve gasto de R$ 34,685 bilhões com juros em abril, após esta despesa ter atingido R$ 43,546 bilhões em março.
O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 29,014 bilhões. Os governos regionais registraram gasto de R$ 5,176 bilhões e as empresas estatais, de R$ 496 milhões.
No primeiro quadrimestre, o gasto com juros somou US$ 129,166 bilhões, o que representa 5,55% do PIB. Em 12 meses até abril, as despesas com juros atingiram R$ 389,496 bilhões (5,60% do PIB).