Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil entre os piores


O recuo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre na comparação ao mesmo período do ano anterior manteve o Brasil na lanterna global, de acordo com levantamento da Austin Rating. A agência de classificação de risco nacional elencou 47 economias que já divulgaram o resultado das respectivas contas nacionais ou tiveram suas estimativas computadas pela Austin, e o Brasil ficou na 45; posição. O país ficou à frente apenas de Rússia, cujo PIB também cresceu 0,5% no primeiro trimestre, e da Itália, que registrou variação de apenas 0,1% na atividade econômica na mesma base de comparação.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin, prevê recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda no PIB) no Brasil ainda neste semestre. ;Os dados preliminares de maio não são animadores. Fizemos um ajuste nas nossas estimativas e estamos esperando recuo de 0,41%, o que caracteriza uma recessão técnica;, explicou.

Conforme os dados da Austin, o desempenho do PIB brasileiro ficou abaixo da média geral e da dos países do Brics, grupo das economias emergentes integrado também por Rússia, Índia, China e África do Sul, no trimestre, ambas de 2,6%. Venezuela e Argentina, que atravessam forte crise financeira, ainda não divulgaram os dados do PIB. Os países latino-americanos que ficaram melhor posicionados no ranking da Austin foram Peru (em 23; lugar), com alta de 2,3% no trimestre, e Chile (34;), com avanço de 1,6%. México, com alta de 1,2% no PIB trimestral, ficou na 40; posição.


  • Ranking

    A liderança do ranking ficou com a Armênia, que surpreendeu ao registrar alta de 7,1% no PIB no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2018, superando a China. O PIB do gigante asiático avançou 6,4%. A Índia, em terceiro lugar, ainda não divulgou os resultados, mas a estimativa da Austin é de que a alta seja de 6,3% no mesmo intervalo.