O dólar mais caro tem impactado os custos das famílias em viagens internacionais. Tanto é que, de janeiro a abril, os brasileiros gastaram US$ 5,809 bilhões, segundo o BC. Em 2018, a autoridade monetária registrou que as despesas alcançaram US$ 6,470 bilhões. Isso representa uma queda de 10,2%.
Em contrapartida, os estrangeiros gastaram US$ 472 milhões no Brasil em abril de 2019, frente US$ 499 milhões no ano passado. No acumulado do ano, por sua vez, passou de US$ 2,433 bilhões para US$ 2,433 bilhões entre 2018 e 2019.
Contas externas
O Banco Central também destacou que houve um deficit de US$ 8,225 bilhões nas transações correntes internacionais entre janeiro e abril. O rombo nas contas foi menor do que o registrado no ano passado, quando marcou US$ 9,062 bilhões. Em abril, o deficit foi de US$ 62 milhões, frente US$ 61 milhões calculado no mesmo mês de 2018.
A expectativa da autoridade monetária é de que o rombo nas contas internacionais fique em US$ 30,8 bilhões. Em 2018, o deficit em transações correntes marcou US$ 14,511 bilhões.
Além disso, o BC registrou que os investimentos estrangeiros direto no país somaram US$ 28,069 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, com alta de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, a expectativa é de que o valor continue a aumentar.
;Na parcial de investimentos direto de maio, que temos dados até o dia 23, os fluxos acumulavam US$ 6,454 bilhões. Com isso, considerando a média diária do mês, a perspectiva é de que atinja US$ 7,5 bilhões em maio. Nós tivemos, em maio de 2018, investimentos de US$ 3 bilhões;, disse Rocha.
O BC espera que o ingresso de recursos estrangeiros alcance US$ 90 bilhões até o fim do ano. Ou seja, caso o valor se confirme, as aplicações seriam suficientes para compensar o deficit nas contas externas.