Jornal Correio Braziliense

Economia

Expectativa para o IPCA de 2019 segue em 4,07%, revela Focus do BC

Os economistas do mercado financeiro mantiveram previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - em 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano permaneceu em alta de 4,07%. Há um mês, estava em 4,01%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos. A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 4,1% em 2019 e 3,8% em 2020. Elas constaram no comunicado e na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), neste mês. Já o IBGE informou, no dia 10 de maio, que o IPCA de abril subiu 0,57%. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,94%. Top 5 No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 4,15%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,10%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,96% e 4,00%, nesta ordem. No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,63% de quatro semanas antes. Últimos 5 dias úteis A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,11% para 4,10%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 57 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,04%. No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 55 instituições. As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 4,1% em 2019 e 3,8% em 2020. Elas constaram no comunicado e na ata da última reunião do Copom, neste mês. Preços administrados O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 5,25% para elevação de 5,28%. Para 2020, a mediana continuou em 4,40%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,20% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,25% em 2020. As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,3% em 2019 e 5,0% em 2020. Estes porcentuais foram atualizados na ata da última reunião do Copom, publicada no dia 14 de maio. IPCA de junho Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a alta do IPCA em maio de 2018 em 0,30%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado também estava em 0,30%. Para junho, a projeção no Focus foi de 0,30% para 0,27% e, para julho, passou de 0,19% para 0,20%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,27% e 0,18%, respectivamente. No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,58% para 3,56% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,60%. IGP-M O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 5,88% para elevação de 5,91%. Há um mês, estava em 5,58%. No caso de 2020, o IGP-M projetado seguiu indicando alta de 4,00%, igual ao visto quatro semanas antes. Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.