O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia oficial da inflação, foi de 0,35% no mês de maio. Apesar de ter vindo abaixo das expectativas de mercado, de 0,41%, é a maior variação para um mês de maio desde 2016 (0,86%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 atingiu 4,97%. Na opinião do economista-chefe da Haitong, Flávio Serrano, haverá uma queda grande em junho, devido a um ruído estatístico. ;Ano passado, ocorreu a greve dos caminhoneiros, em maio, mas os impactos aconteceram em junho, registrando um aumento de 1,26% no mês. Na próxima leitura, isso some e a inflação pode desabar para 0,25% e alinhar com o previsto para o ano,; afirma.
Entre os grupos que mais impactaram a carestia, destacam-se saúde e cuidados pessoais, com crescimento de 1,01%, causado, principalmente, pela inflação de remédios e planos de saúde; transportes (+0,65%), devido à pressão exercida pelas passagens aéreas e pelos combustíveis .
Serrano explica que a situação permanece dentro do previsto. ;A surpresa veio da parte da alimentação, que é mais volátil. Quando acelera, acelera mais rápido e quando desacelera, é rápido também. Existem as pressões pontuais, mas, olhando nos últimos meses, a inflação está baixa e em ritmo controlado,; destaca.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira