O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou o ritmo de alta na terceira quadrissemana de maio em relação à leitura anterior, passando de 0,42% para 0,34%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (23).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesas mostraram desaceleração. A maior contribuição veio do grupo Alimentação, que registrou deflação no período, de 0,18% depois de alta de 0,14%. O destaque dentro do grupo foi o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 2,91% para -1,35%, refletindo a normalização de preços depois do choque de oferta recente.
Também registraram arrefecimento na terceira quadrissemana de maio os grupos: Despesas Diversas (1,00% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,89% para 0,75%), Comunicação (-0,10% para -0,14%) e Vestuário (0,29% para 0,17%).
Esses segmentos foram beneficiados pelo comportamento dos itens bilhete lotérico (40,62% para 20,55%), medicamentos em geral (2,35% para 1,92%), pacotes de telefonia fixa e internet (-0,52% para -0,69%) e acessórios do vestuário (0,58% para 0,19%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram aceleração no período os grupos Habitação (0,29% para 0,42%), influenciado por tarifa de eletricidade residencial (0,86% para 1,49%); e Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,07%), com contribuição de show musical (2,74% para 3,76%).
Já o grupo Transportes registrou a mesma taxa da quadrissemana anterior, de 0,96%. No sentido de alta, a principal influência foi de etanol (3,29% para 3,64%), enquanto a maior contribuição de baixa foi tarifa de ônibus urbano (0,78% para 0,45%).
Principais influências individuais
Entre os itens que mais contribuíram individualmente para a desaceleração do IPC-S na terceira quadrissemana de maio, a FGV destaca passagem aérea (-9,08% para -9,57%), feijão carioca (-8,20% para -9,84%), alface (-7,23% para -7,79%), tomate (8,61% para -3,23%) e laranja pera (-4,63% para -5,84%).
Já as principais influências individuais de alta foram gasolina (3,01% para 3,03%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,64%), além de energia elétrica, etanol e show musical.