Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar oscila e sobe, após abrir em queda, com espera por Previdência e MP 870

O mercado de câmbio conduziu uma realização de ganhos moderada e rápida nos primeiros negócios desta terça-feira, 21, que deixou dólar em leve queda no mercado à vista. Porém, a moeda americana chegou a subir, pressionada pelo mercado futuro, em meio ao compasso de espera por novidades envolvendo a tramitação da reforma da Previdência, na Comissão Especial da Câmara, e da MP 870, que reestrutura ministérios. O dólar forte no exterior pesa também. Às 9h43, o dólar à vista voltava a ceder 0,08%, a R$ 4,100, após ter subido pontualmente à máxima em R$ 4,1055 (+0,05%). O dólar futuro de junho subia 0,09%, aos R$ 4,1050, ante máxima em R$ 4,1095 (+0,20%). O operador Luis Felipe Laudísio dos Santos, da Renascença DTVM, diz que a perspectiva para evolução da reforma da Previdência é um pouco mais positiva, com líderes sinalizando nesta segunda-feira, 20, um provável entendimento com o governo. Está no radar a reunião do Conselho do governo, com participação do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O recuo inicial do dólar foi limitadíssimo em comparação ao ganho já acumulado de 3,19% nas últimas quatro sessões. Na mínima intraday, até às 9h52, o dólar registrou R$ 4,0875 (-0,39%). A cautela local restringe os ajustes e o dólar volta a oscilar ao redor dos R$ 4,10, ajudado ainda pelo exterior. No mercado internacional, a divisa dos EUA avança ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, após a decisão do governo americano de relaxar, por 90 dias a contar desde segunda-feira, 20, as restrições comerciais impostas na semana passada à companhia chinesa Huawei. Segundo Santos, da Renascença, há mais um leilão de linha de rolagem nesta terça. Na segunda, a demanda na operação foi integral na primeira operação, que teve pouco impacto na cotação da moeda, que foi negociada acima dos R$ 4,10. No mercado futuro, "vimos como destaque os investidores estrangeiros, que zeraram posição cambial comprada em 12.000 contratos (US$ 600 milhões) com Fundos nacionais, Bancos e Pessoas Físicas na contraparte com 7.565 (US$ 378,250 milhões), 2.715 (US$ 135,750 milhões) e 1.640 contratos (US$ 82,0 milhões) respectivamente".