Os mercados acionários europeus chegaram ao fim do pregão desta quinta-feira, 16, em alta, nas máximas do dia, com os investidores colocando de lado - ao menos temporariamente - as tensões comerciais em meio a sinais positivos da economia americana. Os pedidos de auxílio-desemprego surpreenderam positivamente, o mercado imobiliário avançou mais que o esperado e um indicador de atividade do Fed de Filadélfia repetiu o desempenho melhor do que previsto registrado por outros dados regionais divulgados neste mês. "A forte confiança dos construtores e a demanda sólida devem apoiar os empreendimentos ao longo do próximo ano ou mais, apesar da desaceleração econômica", avaliam os analistas da Capital Economics.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em alta de 1,27%, em 382,88 pontos. O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, avançou 1,74%, aos 12.310,37 pontos, com as ações da Thyssenkrupp saltando mais de 10% com rumores de que a finlandesa Kone estaria avaliando uma oferta pela divisão de elevadores da companhia alemã.
No Reino Unido, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres subiu 0,78%, para 7.353,51, mesmo após com a crise política voltar a dominar o noticiário. Fontes afirmam que a primeira-ministra britânica, Theresa May, teria prometido estabelecer um cronograma para sua sucessão após a próxima votação do acordo do Brexit, marcada para 3 de junho. Caso o texto seja reprovado novamente, a premiê apresentaria a renúncia ao cargo, se o acordo passar pelo Parlamento britânico, ela deverá continuar conduzindo o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. "Se May for derrotada na votação do acordo do Brexit, ela deverá anunciar sua saída antes de 15 de junho", preveem os analistas da Eurasia.
Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 1,37%, para 5.448,11 pontos; na bolsa de Milão, o índice FTSE Mib avançou 1,38%, para 21.151,80 pontos; na bolsa de Madri, o índice Ibex 35 teve alta de 1,38%, aos 9.304,30 pontos; e em Lisboa, o índice PSI 20, o único a fechar em queda, recuou 0,05%, em 5.129,04 pontos.
Pela manhã, os recentes atritos no comércio global fizeram com que os mercados europeus operassem em baixa. O presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann, alertou para o "veneno" gerado pela escalada tarifária entre os Estados Unidos e a China, enfatizando que a própria economia americana seria a principal vítima. Weidmann destacou que as guerras comerciais não têm vencedores.