Entre os grupos, o de Saúde e Cuidados pessoais teve o maior impacto de alta, contribuindo com 0,18 ponto porcentual (p.p.) após avançar 1,51% no IPCA de abril. O destaque foi o grupamento "remédios" (2,25%), refletindo o reajuste anual, em vigor desde 31 de março, com teto de 4,33%, segundo o IBGE.
Segundo Fernando Gonçalves, da Gerência de Sistema Nacional de Índices de Preços (SNIPC) do IBGE, os remédios tiveram o terceiro maior impacto individual no IPCA de abril.
O primeiro impacto individual ficou com a gasolina, que avançou 2,66% em abril. Com isso, o grupo Transportes subiu 0,94% no IPCA de abril, com impacto de alta de 0,17 ponto porcentual. Apesar disso, houve desaceleração ante março, quando o grupo subiu 1,44%.
O grupo Alimentação e Bebidas contribuiu com 0,16 ponto porcentual no IPCA de abril, ao subir 0,63%. Apesar do peso, a variação ficou abaixo da metade da registrada no IPCA de março (1,37%).
A desaceleração foi puxada pelos alimentos no domicílio, que saíram da alta de 2,07% no IPCA de março para elevação de 0,62% na leitura de abril. O IBGE destacou as quedas de preços no feijão carioca (-9,09%) e nas frutas (-0,71%).
Por outro lado, ainda houve pressão do tomate (28,64%), segundo maior impacto individual no IPCA de abril, do frango inteiro (3,32%), da cebola (8,62%) e das carnes (0,46%). A alimentação fora foi de uma alta de 0,10% em março para 0,64% em abril.