O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse após a audiência na comissão especial que espera um aperfeiçoamento do texto da reforma da Previdência "para melhor". "Manteremos o impacto fiscal e a espinha dorsal da reforma", avaliou.
Ele citou a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada hoje que mostra que 59% dos brasileiros acreditam na necessidade da reforma da Previdência. "A pesquisa sobre a reforma demonstra a força da ideia", disse.
O secretário admitiu que a comunicação do governo ainda não desamarrou da maneira esperada, mas disse que o governo está ajustando os próximos passos. Amanhã, a equipe da Previdência tem um café da manhã com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, que cuida da comunicação. Ele disse ainda que está havendo uma "campanha espontânea" da população em prol da reforma.
Marinho afirmou que as discussões estão no início e que a comissão ainda vai debater pontos técnicos da reforma da Previdência, inclusive sobre a permanência ou não dos Estados e municípios entre os abrangidos pelas novas regras.
O secretário também avaliou que a reunião de hoje foi "tranquila", com diferentes pontos de vista dos parlamentares. No fim da audiência, porém, ele fez uma "advertência suave" a deputados que acusaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, de mentir sobre dados. "Como parlamentar, nunca ouvi chamar ministro de mentiroso. Podemos discordar, mas não chamar de mentiroso", ponderou.