O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo federal está tentando levar o país para caminho da prosperidade e ;não da Venezuela;. Em resposta a pergunta da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o líder da equipe econômica defendeu que a reforma da Previdência é fundamental para o crescimento do país. As declarações foram dadas durante audiência pública na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que trata sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 006/2019, da ;Nova Previdência;.
[SAIBAMAIS]Após a declaração, um bate boca tomou conta da audiência pública e o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), pediu para que Guedes tratasse ;estritamente dos temas relacionados à Previdência;. ;Do ponto de vista econômico e não do ponto de vista político;, justificou o ministro durante o bate boca, sobre a Venezuela. Durante as respostas aos deputados, ele voltou a dizer que a esquerda ficou 16 anos no poder e quebrou estatais e o setor público.
Guedes voltou a defender o regime de capitalização. Para ele, a repartição não ;leva nada para o futuro;. ;No regime de capitalização, nós levamos recursos para o futuro;, disse. Ele também ressaltou que o dinheiro não será controlado por bancos. ;São instituições de previdência específicas. São coisas diferentes. E os recursos viram investimentos que são levados para o futuro. O país cresce mais rápido e aumenta a produtividade do trabalhador;, afirmou.
A deputada Jandira Feghali também criticou os dados apresentados pelo governo. Segundo ela, a equipe econômica mente ao dizer que o deficit na Previdência é de mais de R$ 200 bilhões, e, sim, em torno de R$ 50 bilhões. O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou que é comum confundir os dados. ;Existe o deficit da assistência social e o da Previdência;, explicou. ;Apenas no Regime geral, o deficit foi de R$ 195 bilhões em 2018. Se somar com o Regime Próprio e as pensões dos militares, sobe para mais de R$ 260 bilhões;, completou.
Segundo ele, os dados foram atestados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Instituição Fiscal Independente (IFI) e a consultoria de orçamento da Câmara. ;Ou seja, três órgãos isentos e ligados ao Poder Legislativo;, rebateu.