A produção industrial caiu 0,7% no dado fechado do primeiro trimestre, ante o quarto trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março ante fevereiro, a queda foi de 1,3%, o maior recuo desde setembro de 2018, quando houve perda de 2,1% ante agosto.
Também em março, o nível da produção industrial ficou 17,6% abaixo do pico da série histórica do IBGE, que foi registrado em maio de 2011.
"Em termos de patamar de produção é como se estivéssemos em janeiro de 2009", afirmou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.
Segundo o pesquisador, a queda de 6,1% na produção de março ante março de 2018 foi marcada por um efeito calendário, já que houve menos dias úteis em março deste ano. "O carnaval traz para março um número menor de dias úteis", afirmou Macedo.
Apesar do efeito calendário, Macedo lembrou que a produção industrial vem perdendo força desde o segundo semestre do ano passado.
A média móvel trimestral, que recuou 0,5% em março, vem perdendo ritmo desde agosto de 2018. Já o recuo de 0,1% na produção industrial acumulada em 12 meses registrado em março foi a primeira taxa negativa por essa ótica de comparação desde agosto de 2017, quando houve queda também de 0,1%.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em fevereiro de 2019 ante janeiro, de uma alta de 0,7% para um avanço de 0,6%.
A taxa de dezembro de 2018 ante novembro de 2018 saiu de uma alta de 0,3% para um leve aumento de 0,1%.
Na categoria de bens de capital, a taxa de fevereiro ante janeiro deste ano foi revisada de 4,6% para 4,7%, enquanto a variação de janeiro ante dezembro de 2018 passou de -2,6% para -2,4%.
O desempenho de bens de consumo duráveis em fevereiro ante janeiro foi revisado de 3,7% para 3,6%. A taxa de janeiro ante dezembro de 2018 passou de 1,3% para 0,9%.
Já os bens de consumo semi e não duráveis em fevereiro ante janeiro passaram de uma alta de 0,7% para um avanço de 0,5%. A variação de janeiro ante dezembro de 2018 foi revisada de zero para 0,1%.