O presidente Jair Bolsonaro reiterou na manhã desta quarta-feira, 1º, que está esperando até o dia 15 uma resposta da Funai para iniciar a construção da linha de transmissão entre Manaus e Boa Vista.
Segundo o presidente, o Conselho de Defesa já autorizou a construção do "linhão", mas o governo aceitou um questionamento da Funai. "Até o dia 15 agora, teremos o sinal verde ou não das comunidades indígenas."
Em fevereiro passado, o governo definiu que o linhão é uma "alternativa energética estratégia para a soberania e defesa nacional". O linhão foi leiloado em 2011 e em sua extensão, há uma parte pertencente aos indígenas Waimiri-Atroari, que vivem no sul de Roraima e norte do Amazonas.
Bolsonaro deu as declarações após participar de um encontro que reuniu o Estado Maior das Forças Armadas, comandantes dessas Forças, o ministro de Relações Exteriores (MRE), Ernesto Araújo, e o ministro do GSI, general Augusto Heleno.
Depois, o presidente se dirigiu ao Palácio do Alvorada, onde parou para cumprimentar populares que o aguardavam, mas não voltou a falar com a imprensa.
A questão da energia em Roraima é um problema, pois depende do fornecimento da hidrelétrica de Guri, na Venezuela. "Guri não fornece mais. Não é um boicote. É porque não tem manutenção nas linhas de transmissão e não recebemos a energia."
Bolsonaro frisou que a situação em Roraima já é emergencial, uma vez que o Estado tem usado termoelétricas movidas a óleo diesel para conseguir o abastecimento. "Não podemos continuar de forma eterna com a energia de óleo diesel, porque o resto do Brasil paga cerca de R$ 1 bilhão por ano pela energia de Roraima", afirmou o presidente.