O Índice Bovespa teve um pregão de oscilações moderadas, em meio ao noticiário escasso, e terminou o pregão desta terça-feira, 30, com leve ganho, de 0,17%, aos 96.353,33 pontos. A proximidade do feriado de 1º de Maio e o compasso de espera pela tramitação da reforma da Previdência foram dois fatores que incentivaram postura mais cautelosa do investidor, afirmaram operadores. No mês em que as atenções se concentraram principalmente na reforma previdenciária, o Ibovespa acumulou valorização de 0,98%.
"A terça-feira teve clima de compasso de espera pela reunião do Federal Reserve e pela tramitação da reforma da Previdência. Não que se esperem surpresas com o Fed, que deve mostrar continuidade do tom 'dovish' das últimas reuniões. Mas o investidor opta pela cautela, principalmente em um mercado sem liquidez", afirma Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.
Entre a mínima e a máxima, o Ibovespa oscilou de 95.613,24 pontos (-0,60%) a 96.706,71 pontos (+0,54%). Pela manhã, predominou o sinal positivo até a abertura fraca das bolsas de Nova York, que favoreceram a virada do índice para baixo. Somente na última hora de negociação é que o índice retomou a alta, ainda que de forma bastante tímida. Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta foi de Magazine Luiza ON (+6,72%), como reflexo do anúncio de compra da Netshoes.
Apesar da alta do Ibovespa no acumulado de abril, o saldo dos investimentos estrangeiros na Bolsa deve ser negativo no período. Na última sexta-feira (26), houve saída líquida de R$ 308,789 milhões. Assim, o acumulado do mês até essa data era negativo em R$ 936,311 milhões.
No noticiário político, o destaque foi a notícia de que o prazo para que deputados possam apresentar emendas ao texto da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados começou a contar na tarde desta terça. Os parlamentares têm um tempo regimental de dez sessões, a partir de 7 de maio, a serem realizadas no plenário da Casa para entregarem suas sugestões, independentemente de quantas reuniões sejam feitas na comissão especial que analisa o tema.