O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, avançou 0,72% em abril, o que corresponde à maior taxa desde a greve dos caminhoneiros, quando elevou o indicador para 1,11% em junho de 2018. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (25/4).
Além disso, o resultado foi o maior para o mês de abril desde 2015, quando variou 1,07%. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação está em 4,71%, acima dos 4,18% registrados em março.
O grupo de transportes foi o que mais teve encarecimento dos preços. A alta foi de 1,31%, principalmente em função dos combustíveis, que avançou 3%. A gasolina foi o principal motivo, com elevação de 3,22% nos preços. O etanol e o diesel aumentaram 2,74% e 1,06%, respectivamente.
Ainda no mesmo grupo, os meios de transporte público encareceram, como o trem (3,05%) e o metrô (0,68%). As passagens aéreas, por sua vez, subiram 5,54% em abril.
Os alimentos também contribuíram para a aceleração do IPCA-15 de abril, após aumento de 0,92%. A alimentação em domicílio variou 1,43%, sendo impactada, principalmente, pelo tomate (27,84%). Também contribuiu para o encarecimento as carnes (1,55%) e frutas (3,36%).
Saúde e cuidados pessoais subiram 1,13% neste mês, influenciados pela higiene pessoal (2,61%). Dentro deste item, há o destaque para perfumes (6,94%). Os remédios também estão 0,72% mais caros, em reflexo do reajuste anual, que está em vigor desde 31 de março. No grupo habitação, a variação foi de 0,36%, puxada pela energia elétrica, que avançou 0,58%.