"Não apontem o dedo para mim que não sou moleque". Foi com essa declaração áspera que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini (PSL-PR), reagiu à tentativa de um grupo de deputadas da oposição de barrar a votação da proposta de reforma da Previdência. As deputadas Maria do Rosário (PT-RS), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Erika Kokay (PT-DF) e Taliria Petrone (PSOL-RJ) cercaram o presidente na mesa da CCJ.
Um novo tumulto se formou, mas Francischini conseguiu segurar a pressão com uma posição firme. "Vocês falam do Danilo Gentili. Serve para os outros e não para vocês", afirmou.
O presidente disse que não deixaria as deputadas cercarem a mesa, o que acabou acontecendo, mas Francischini não deixou que as deputadas ficassem no local. No plenário, governistas gritavam: "Não se deixe intimidar, senhor presidente. Reaja com o regimento".
O presidente rejeitou, antes do tumulto, requerimento para desmembrar a proposta. A oposição disse que vai apresentar recurso contrário à decisão.