Às vésperas de uma possível nova greve de caminhoneiros, a Petrobras alterou a maneira de divulgar os ajustes de preços da gasolina e do diesel, passando a registrar o valor por cada ponto de venda e não mais fazendo a média do mercado, como vinha divulgando. Os valores informados consideram os preços à vista, sem encargos e sem tributos, praticados nas modalidades de venda padrão nos diversos locais de entrega.
Ao todo são 37 pontos de vendas espalhados por todo Brasil. O diesel comum é vendido em 35 desses pontos e o diesel S10, menos poluente, em apenas 30. A gasolina é vendida em 34 pontos, sendo o preço mais barato na atualização feita nesta segunda-feira (22/4) registrado em São Luís, no Maranhão, a R$ 1,7688 o litro e o mais caro em Brasília, a R$ 2,0663. Já o diesel é vendido com preço mais elevado em Senador Canedo, Goiás, a R$ 2,3543 o litro e o mais barato em Itacoatiara, no Amazonas, a R$ 2,1206 o litro.
O detalhamento do preço de venda da Petrobras é um antiga reivindicação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, desta maneira o mercado poderá comparar os valores divulgados pela agência semanalmente com os da petroleira, para verificar se a estatal está realmente praticando preços alinhados com mercado internacional.
"A medida é boa e traz mais transparência para o mercado, que agora vai poder ver se o preço está em linha com o que está sendo praticado realmente. Com a média você não sabe o valor real da venda", disse Oddone ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Os valores nos pontos de venda podem ser consultados no site da Petrobras.