O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que, se a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa não for suspensa, será apresentada uma questão de ordem para barrar a votação logo no início da reunião do colegiado, marcada para esta terça-feira, 23.
A oposição anunciou duas ações judiciais e um projeto de decreto legislativo contra o sigilo de dados detalhados que embasam a proposta do governo. A intenção é que a sessão da CCJ seja suspensa até semana que vem, até que as informações sejam divulgadas e analisadas pelos parlamentares. "Não é razoável que se peça aos deputados que votem essa proposta na Comissão de Constituição e Justiça sem que tenhamos acesso aos dados", disse Molon.
Para ele, é inaceitável ter os dados apenas na comissão especial que analisará a proposta após a CCJ, como prometeu o governo. Molon disse que, dessa forma, os integrantes da primeira comissão ficam desprestigiados em relação à segunda.
Com a votação sem os dados, a oposição promete recorrer novamente ao Judiciário se a proposta passar. "Nós estamos ajudando o governo, de alguma forma, exigindo o trâmite legal", disse o vice-líder da oposição na Câmara, Aliel Machado (PSB-PR).