O consumo de alumínio no Brasil em 2018 apresentou crescimento de 10% em relação a 2017, chegando a 1,383 milhão toneladas, conforme dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). A alta foi puxada por embalagens, com 14%; transportes, em torno de 12%, e eletricidade, com 11%.
Já a produção nacional de alumínio primário foi de 659 mil toneladas, 17,7% menor do que as 801,7 mil toneladas de 2017.
A associação atribui a queda tanto ao fato de a Alunorte, em Barcarena, no Pará, operar com metade da sua capacidade desde o início de 2018, quanto ao preço da energia elétrica, que hoje responde por quase 70% do custo de produção do alumínio nacional.
Segundo o presidente da Abal, Milton Rego, as importações cobriram o aumento do consumo, sobretudo de origem chinesa. "A pressão das importações, combinada com a queda da nossa produção de alumínio primário, preocupa. Além de diminuir valor agregado, quando deixamos de produzir alumínio a partir da bauxita brasileira toda a cadeia perde competitividade", disse, por meio de nota.
Entre 2009 e 2015, cinco unidades de alumínio primário fecharam as portas no Brasil, lembra a Abal.