O Índice de Estoques da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) registrou avanço de 1,5% em abril ante março e atingiu 121,3 pontos, relatou a entidade em relatório antecipado ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Já na comparação com abril do ano passado, houve alta de 5,9%, indicando que, "apesar do cenário menos positivo do que se esperava, a economia ganhou algum fôlego no período", aponta a federação.
O indicador vai de zero a 200 pontos, em que o piso representa inadequação total e o teto, adequação total. A marca de 100 pontos é a fronteira entre adequação e inadequação dos estoques.
Com o movimento de abril, os níveis dos estoque do setor varejista estão em patamares adequados em 60% das lojas na capital paulista, com ganho de 0,6 ponto porcentual ante março, e atingiram o nível médio verificado antes da crise que atingiu a economia brasileira, relata a FecomercioSP.
O movimento reflete, entretanto, mais uma adequação dos empresários diante do ritmo enfraquecido das vendas do que uma melhora das vendas, destaca a entidade. "A proporção dos empresários que declararam ter excesso de mercadorias se manteve estável - de 27,4% em março para 27,3% em abril. A porcentagem dos que consideram ter estoques baixos caiu 1 ponto: 11,7%, ante os 12,7% de março", diz a FecomercioSP em comunicado.
Os empresários do setor, diz a entidade, já não têm o mesmo otimismo que tinham no início do ano para o ritmo das vendas. "Por isso, houve uma pausa na reposição de estoque", explica. "A saída de mercadorias só deve obter um crescimento mais significativo após as definições políticas em andamento, como as principais reformas (tributária e da Previdência)", continua o comunicado.
"A Federação ressalta que os empreendedores concordam com o Poder Executivo de que as mudanças são necessárias, mas agora estão em dúvida se será capaz de implementá-las", pontua a FecomercioSP.