Marcada para às 14h, a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara começou com mais de uma hora de atraso e ainda sem consenso entre as lideranças partidárias, nesta segunda-feira (15/4). Deputados do centrão e da oposição defendem que o projeto do Orçamento impositivo seja votado antes do parecer sobre a reforma da Previdência.
O presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), mantém como prioridade a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da Previdência. Mesmo com a pressão dos deputados, ele não se comprometeu a inverter a ordem por decisão própria. Os parlamentares apresentaram requerimentos para que ocorra essa mudança. Caso o Orçamento impositivo seja discutido antes, a votação do parecer da reforma pode ficar para terça-feira (16/4) ou, se a estratégia da oposição e do centrão der certo, para a semana que vem.
Antes do início da sessão, por volta das 13h30, já havia 17 inscritos para discursar sobre o Orçamento impositivo. Para a Previdência, há 100 parlamentares na fila, desde a semana passada. Independentemente da ordem das discussões, a CCJ ainda deve ser reunir na terça-feira. As sessões desta semana devem durar até tarde, até que se esgotem as falas dos deputados.
Às 15h desta segunda-feira, Francischini ainda estava reunido com os coordenadores de bancada na tentativa de um acordo. Os deputados da oposição sugeriram retirar requerimentos que poderiam atrasar o andamento das discussões, caso o Orçamento impositivo seja votado antes. Mas se mantêm decididos a obstruir a votação da Previdência.