Com a iminência de uma vitória do Centrão, governistas dão sinais de que vão aceitar a inversão de pauta na Comissão de Constituição Cidadania e Justiça (CCJ) nesta segunda-feira, 15, para que a proposta de emenda à constituição do Orçamento impositivo seja analisada antes de dar continuidade ao debate da reforma da Previdência no colegiado.
Pouco antes do fechamento deste texto, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO) disse que o partido não se opõe à aprovação da PEC do Orçamento. "Somos favoráveis a votar os dois. A ordem não altera", afirmou Waldir.
Ele disse ainda que é "indiferente" o que se vote primeiro desde que a admissibilidade da reforma da Previdência seja aprovada até esta quarta-feira, 17.
No entanto, ao inverter a pauta do dia, o cronograma da CCJ para esta semana fica indefinido já que há diversas estratégias que poderão ser usadas, principalmente pela oposição, para se adiar o debate da Previdência.
Para inverter a pauta, é necessária maioria simples para aprovar o pedido. Ou seja, se os 66 membros titulares estiverem presentes à reunião, serão preciso 34 votos a favor.
Os partidos do Centrão que pediram prioridade ao Orçamento, DEM, PP e PR, somam 12 membros no colegiado. Além deles, a oposição, que soma 17 deputados na CCJ, já sinalizou que deve aderir ao movimento. Há ainda a expectativa que parlamentares de outros partidos também votem pela inversão.
Daqui a pouco, às 13h30, os coordenadores partidários da CCJ vão se reunir com o presidente do colegiado para discussão sobre os tramites. Um acordo pode ser costurado no encontro.