Os mercados acionários americanos encerraram a sessão desta quinta-feira, 11, em baixa moderada, em um movimento de realização de lucros, após operarem nos maiores níveis desde outubro. Ações de bancos apresentaram alta e impediram queda acentuada das bolsas, ajudados pelo afastamento da possibilidade de recessão diante de dados acima do esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,05%, aos 26.143,05 pontos; o S 500 ficou estável, com 2.888,32 pontos; e o Nasdaq recuou 0,21%, para 7.947,36 pontos. Já o índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street, teve baixa de 2,11%, para 13,02 pontos.
"Na ausência de um grande choque macroeconômico, a análise dos dados sobre pedidos de auxílio-desemprego sugere que uma recessão nos EUA está a pelo menos 18 meses de distância. Sendo assim, novas altas significativas para o S 500 são muito prováveis", comentou o estrategista global de investimentos da JK Investment Consulting, James A. Kostohryz. Na semana passada, o número de novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu para 196 mil no total, no menor nível em quase 50 anos. Ao mesmo tempo, o volume de pedidos feitos por mais de uma semana recuou para 1,713 milhão na semana anterior.
Esse indicador, segundo Kostohryz, "é um importante dado para antecipar recessões nos EUA. Minha pesquisa sugere que, na ausência de um choque exógeno, é provável que a próxima recessão nos EUA provavelmente chegue não antes de 18 meses a partir de agora". No entanto, o estrategista acredita que o número de pedidos de auxílio-desemprego pode cair ainda mais, dado que a economia americana deve ter um crescimento mais acelerado no segundo trimestre na comparação com o período entre outubro de 2018 e março de 2019. Nesse caso, "a história sugere que é extremamente provável que o S 500 atinja novas altas significativas durante esse período de tempo".
Os principais indicadores acionários nova-iorquinos vêm apresentando, nas últimas semanas, altas expressivas ao operarem próximos dos maiores níveis desde outubro, além de terem visto, na semana passada, a média móvel de 50 dias ultrapassar a de 200 dias (golden cross), o que reforça a tendência de alta das bolsas para alguns analistas. Na avaliação do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, é a confiança na economia que tem gerado valorização nos preços das ações americanas este ano. Nesta quinta, porém, os índices encerraram o dia praticamente inalterados em um movimento de realização de lucros.
O movimento, contudo, não foi tão intenso devido ao avanço de papéis de instituições financeiras, como JPMorgan (+0,84%), Citigroup (+0,60%) e Morgan Stanley (+0,79%).