O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta sexta-feira, 5, durante o 18º Fórum Empresarial Lide, em Campos do Jordão (SP), que as mudanças propostas pelo governo no Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm "enorme chance de cair" no Congresso.
Em sua fala, Guedes defendeu ainda a implementação de um regime de capitalização e disse que os dados usados pela oposição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em relação ao Chile "são falsos".
Corrida
O ministro da Economia voltou a criticar a "fábrica de desigualdades" da Previdência brasileira e disse que a obrigação dele é "correr até o fim" pelas mudanças nas aposentadorias. "Mas entenderei se for derrotado", disse.
Guedes afirmou ainda que há "empenho extraordinário" do presidente Jair Bolsonaro em relação à reforma da Previdência. "No fundo, o presidente faz um sacrifício enorme para falar que vamos nesta direção. Eu sei que de fora existem essas cobranças, eu não consigo pedir muito mais empenho dele. Estou vendo o empenho extraordinário, dado o DNA dele. Cada um está dando o que pode dar", afirmou.
Potencial
O ministro da Economia disse ainda que, "se tirar algumas coisas", a reforma da Previdência ainda pode ter potência fiscal.
Se não houver reforma com potência fiscal suficiente, Guedes disse que não terá a irresponsabilidade de lançar um novo regime, em referência à proposta de criar um sistema de capitalização.