Mesmo assim, a intenção da base do presidente Jair Bolsonaro é defender o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na íntegra. ;A gente já vinha identificando essas ansiedade em torno do BPC, da aposentadoria rural e da idade mínima há algum tempo. Como eu tenho dito, o governo vai defender a íntegra da proposta com a ideia de ter uma economia de mais de R$ 1 trilhão em 10 anos;, afirmou. ;Isso não quer dizer que, por ser uma PEC, a palavra final é do parlamento. A gente sabe que o parlamento vai ser sensível a essa ansiedade da sociedade brasileira;, completou.
O parlamentar se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça-feira (2/4). ;A nossa intenção é que haja uma desidratação do texto menor possível, de maneira que haja uma maior economia e queremos que essa economia se reflita para o cidadão brasileiro ainda esse ano, no equilíbrio fiscal, no aumento da renda, diminuição da inflação, dos juros;, defendeu Vitor Hugo.
De acordo com o líder, se a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é a primeira fase da reforma na Câmara, entender que há algo para ser cortado, ;o governo vai se adaptar; e caberá à base partir para a comissão de mérito (comissão especial) de acordo com que a CCJ permitir.
;A pauta do governo, como um todo é liberal, se há condições políticas e o parlamento entender que é o momento de fazer, se conseguirmos aprovar o quanto antes a questão da mudança do Pacto Federativo (desvinculação de recursos da União para estados e municípios) para levar mais recursos para a ponta da linha, para nós, quanto mais rápido melhor!”, enfatizou.
Sobre a tensão envolvendo Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Vitor Hugo disse que é uma página virada. ;Temos certeza que os poderes estão se harmonizando cada vez mais de forma que consigam trabalhar o máximo possível pelo bem do país. Quanto mais os demais ministérios se aproximarem da articulação com os outros partidos mais fácil será a tramitação para a gente;, disse.
O parlamentar também disse que possíveis indicações políticas terão que obedecer os critérios mais rígidos implementados em decreto do governo. O texto, publicado no último mês, estabelece normas e exigências mais duras para os nomeados pelo Executivo para cargos comissionados. ;Seguidos os critérios que foram editados no decreto da CGU (Controladoria-Geral da União), não vão colocar nomes que não tenham capacidade técnica;, afirmou.