Jornal Correio Braziliense

Economia

Otimismo com economia dos EUA e da China faz Dow Jones retomar 26 mil pontos

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta segunda-feira, 1, em alta expressiva, em meio à injeção de otimismo que os recentes dados da indústria da China e dos Estados Unidos trouxeram aos investidores. As revisões para cima do Produto Interno Bruto (PIB) americano também ajudaram a apoiar as bolsas nova-iorquinas. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,27%, para 26.258,42 pontos, superando os 26 mil pontos pela primeira vez desde o dia 1º de março. O S 500, por sua vez, avançou 1,16%, para 2.867,19 pontos, e o índice eletrônico Nasdaq teve ganho de 1,29%, para 7.828,91 pontos. O primeiro indicador a melhorar o humor do mercado foi o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da China, que subiu de 49,9 em fevereiro para 50,8 em março segundo a IHS Markit, divulgado ainda no fim de semana. A leitura acima de 50 aponta a primeira expansão da indústria chinesa em quatro meses, o que amenizou as preocupações do mercado com a desaceleração da segunda maior economia do mundo, o que vinha promovendo cautela entre os investidores globais. Na esteira dos indicadores que causaram certo alívio no mercado, nos EUA, o índice de atividade industrial medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM) subiu para 55,3 em março, acima da previsão de analistas. Os investimentos em construção no país também subiram acima do esperado em fevereiro e os números de janeiro foram revisados para cima, o que deu apoio a papéis do setor industrial, que foi o segundo maior destaque do S 500 nesta segunda-feira, ao subir 2,07%. Entre algumas ações de destaque, a Caterpillar saltou 3,51% e a Boeing avançou 2,65%. Na avaliação do analista financeiro Connor Campbell, da Spreadex, o Dow Jones saltou mais de 300 pontos neste primeiro pregão do segundo trimestre e obteve seu maior nível desde outubro "impulsionado pelos melhores PMIs da indústria chinesa, que viraram à noite, juntamente com o otimismo em torno das negociações comerciais sino-americanas, que devem continuar em Washington esta semana". Nesse sentido, importantes instituições financeiras revisaram para cima a projeção de crescimento do PIB americano do primeiro trimestre. "Com base nos dados divulgados esta manhã, acreditamos, agora, que o crescimento real do PIB anualizado no último trimestre será de 2,0%, acima da nossa estimativa anterior de 1,5%", disse, em nota a clientes, o economista-chefe para EUA do JPMorgan, Michael Feroli. Além do JPMorgan, Goldman Sachs e Barclays também revisaram para cima suas estimativas de crescimento da economia americana para o período. Entre as principais ações do dia, chamaram atenção as instituições financeiras, diretamente apoiadas pela melhora do ambiente econômico causada pelos dados divulgados e pela inclinação da curva de rendimentos dos Treasuries à medida que o spread entre os juros dos títulos de curtíssimo prazo (três meses) e de longo prazo (dez anos) aumentou para 11,0 pontos-base nesta segunda-feira. Nesse sentido, o JPMorgan avançou 3,37%, o Goldman Sachs subiu 2,47% e a American Express ganhou 2,20%.