Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar cai a R$ 3,87 após entendimento sobre Previdência e exterior positivo

O entendimento entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, soma-se à definição para a PEC na CCJ de um relator do PSL

A cena externa, a política interna e a atuação do Banco Central (BC) puxam para baixo o dólar desde a abertura diante dos sinais de destravamento da reforma da Previdência. O entendimento entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, soma-se à definição para a PEC na CCJ de um relator do PSL, partido que fechou questão a favor das mudanças, e também à disposição dos senadores de alterar outra PEC, a do Orçamento impositivo com alterações, o que pode vir a favorecer o governo.

No câmbio, esta sexta-feira (29/3), é de formação de Ptax de fim de mês e de trimestre, o que sempre impõe dúvidas sobre o resultado da disputa entre comprados e vendidos. Hoje também o Banco Central realiza o já anunciado leilão de linha de até US$ 3 bilhões para rolagem.

Às 9h, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro ficou em 12,4%, abaixo da mediana (12,5%) e maior que o piso de 12,3% das estimativa, segundo o Projeções Broadcast. O dado confirma a fraqueza da atividade econômica brasileira e soma-se à queda dos indicadores de confiança de todos os setores (Serviços, Indústria e Comércio).

Às 9h31 desta sexta, o dólar à vista caía 0,99% aos R$ 3,8778. O dólar para abril, que vence hoje, recuava 0,63% aos R$ 3,8765. O contrato para maio perdia 0,61% aos R$ 3,888.

No exterior, o dólar segue em queda ante as principais emergentes e as bolsas europeias, em alta. Persiste o otimismo com a notícia de que as conversas recentes entre China e Estados Unidos foram construtivas. Ante as moedas desenvolvidas, o dólar americano acentuou as perdas após a divulgação da renda pessoal nos Estados Unidos, que avançou como previsto, e de gastos com consumo no mesmo país, que subiram de forma menos acentuada do que a expectativa, além da inflação medida pelos gastos com consumo.

Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro nomeou um militar para ser o "número 2" do Ministério da Educação (MEC). O cargo de secretário executivo estava vago desde o dia 13 e, agora será ocupado pelo tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União. Esta sexta é um dia considerado importante, . Caso a notícia se confirme, Machado Vieira ficaria como ministro interino até o governo encontrar um novo nome.