A Vale diz que ainda é cedo para calcular com precisão os custos gerados após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Relatório divulgado junto com o balanço do quarto trimestre de 2018 diz que a companhia "ainda está avaliando os passivos potenciais que podem surgir da ruptura da Barragem I".
"Devido ao estágio preliminar das diversas alegações e contingências, não é possível determinar um conjunto de resultados ou estimativas confiáveis da exposição potencial", diz o documento. "Portanto, o valor de outros custos relacionados ao rompimento da Barragem I, que serão reconhecidos em 2019, não puderam ser estimados ainda", argumenta a mineradora.
No documento, a companhia reconhece que está sujeita a "passivos e contingências significativos em razão da ruptura da Barragem I". A mineradora lembra que "já é parte em diversas investigações e processos judiciais e administrativos" movidos por autoridades e pessoas afetadas. Mesmo assim diz que "novos processos são esperados". Sobre esses passivos e contingências, a empresa diz que "realizará provisões com base nos acordos celebrados".
O relatório da direção da Vale afirma que, do ponto de vista contábil, "o rompimento da Barragem I representa um evento subsequente às demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2018". Portanto, explica o balanço, o impacto da tragédia será observado a partir do exercício de 2019. "A começar pelas demonstrações financeiras para o trimestre findo em 31 de março de 2019", diz o balanço.