Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas da Europa fecham em queda com preocupação com economia global

Londres registrou queda de 0,42%, a 7.177,58 pontos; Paris caiu 0,18%, a 5.260,64 pontos; Lisboa perdeu 0,35%, a 5.142,45 pontos

Os mercados acionários da Europa fecharam em queda nesta segunda-feira (25/3), ainda pressionados por preocupações com a economia global retomadas na última semana, após dados ruins da indústria no Velho Continente e fora dele e da inversão de parte da curva de juros dos Treasuries. O índice Stoxx 600 caiu 0,45%, a 374,33 pontos.

[SAIBAMAIS]

A Bolsa de Londres registrou queda de 0,42%, a 7.177,58 pontos; Frankfurt recuou 0,15%, a 11.346,65 pontos; Paris caiu 0,18%, a 5.260,64 pontos; Milão cedeu 0,09%, a 21.059,60 pontos; Lisboa perdeu 0,35%, a 5.142,45 pontos; e Madri baixou 0,21%, a 9.179,90 pontos.

Na sexta-feira, o yield da T-bill de três meses ultrapassou o da T-note de dez anos e, pela primeira vez desde 2007, a curva de juros se inverteu. O movimento se somou à contração vista no índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) medido pela IHS Markit das principais economias europeias, Alemanha e França, além da zona do euro como um todo, acompanhadas de Japão. Nos EUA, o indicador tocou o menor nível em 21 meses.

Em meio ao cenário, a cautela com a economia global voltou ao radar dos agentes e nem a leitura que mostrou alta surpreendente no índice de sentimento das empresas alemãs do instituto Ifo foi capaz de dar fôlego à melhora ensaiada pelos mercados durante a manhã.

No Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May reconheceu que ainda não há uma maioria no Parlamento britânico disposta a aprovar o acordo do Brexit negociado com a União Europeia (UE) em uma terceira tentativa de votação. A líder conservadora tem sofrido pressão de correligionários e ministros de seu gabinete para deixar o cargo, em troca de apoio ao texto que prevê os parâmetros da saída.

Em pronunciamento na Casa dos Comuns, May pontuou ainda que, por ora, as opções para Westminster são o atual acordo - já derrotado duas vezes na Casa -, um Brexit sem acordo ou uma extensão do prazo até a separação, que obrigaria o Reino Unido a participar das eleições ao Parlamento Europeu, de 23 a 26 de maio.