Jornal Correio Braziliense

Economia

Investimentos diretos no país atingem US$ 14,3 bi no 1º bimestre, diz BC

As aplicações atingiram US$ 8,4 bilhões, estoque maior do que os US$ 4,7 bilhões calculados no mesmo mês de 2018


Os Investimentos Diretos no País (IDP) registraram um avanço em fevereiro deste ano, segundo o relatório Estatísticas do Setor Externo, divulgado na manhã desta segunda-feira (25/3) pelo Banco Central (BC). As aplicações atingiram US$ 8,4 bilhões, estoque maior do que os US$ 4,7 bilhões calculados no mesmo mês de 2018.

A trajetória de expansão ocorre desde o último semestre. No primeiro bimestre de 2019, os ingressos líquidos somaram US$ 14,3 bilhões, um volume 9,1% maior do que no mesmo período do ano passado.

Nos últimos 12 meses, o IDP alcançou US$ 89,5 bilhões, o que equivale a 4,77% do Produto Interno Bruto (PIB). A entrada de recursos demonstra uma maior predisposição para os investidores em aplicar recursos no país. Após o resultado das eleições, houve um clima de otimismo em relação a expectatiava econômica em torno das reformas que podem ser aplicadas.

Com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no comando das decisões na área, o mercado vê possibilidades de que o país consiga ajeitar as contas públicas, que estão deterioradas, e tenha maiores condições para um crescimento no longo prazo.

Apesar disso, os últimos conflitos na seara política podem atrapalhar a agenda prioritária. A aprovação da reforma da Previdência é fundamental, na avaliação do governo, mas ainda é preciso ter apoio político. As últimas declarações do presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem gerado apreensão no mercado e pode se refletir em menos investimentos caso a relação do Congresso com o Palácio do Planalto se agrave. O empenho do parlamentar é essencial para a aprovação do texto.

Setor externo


Ainda sobre o relatório, o Banco Central mostrou que o deficit em tensações correntes totalizou US$ 1,1 bilhão em fevereiro, o que representa um volume inferior ao ocorrido no mesmo mês de 2018, quando o balanço foi negativo em US$ 2 bilhões.

Em fevereiro, as exportações de bens totalizaram US$ 16,2 bilhões ; queda de 6,1% frente o resultado do mesmo mês do ano passado. As importações, por sua vez, tombaram 10,6%, atingindo US$ 13,1 bilhões. O superávit comercial é de US$ 3,2 bilhões.