Mesmo depois de ter fechado em alta forte na sexta-feira e acima dos R$ 3,90, o dólar iniciou a sessão desta segunda-feira, 25, com força ante o real e valendo mais de R$ 3,93. Pouco depois, a valorização perdeu um pouco de ímpeto, e a moeda americana engatou uma série de mínimas, reduzindo o ritmo de alta.
O comportamento é uma reação dos agentes econômicos ao conflito político nas altas cúpulas de Brasília em torno da reforma da Previdência.
O claro desconforto do mercado com a briga entre lideranças do Legislativo e do Executivo, sobretudo entre Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Jair Bolsonaro (PSL), presidente da República, é facilmente entendido: a aprovação da PEC previdenciária consta no cenário-base dos grandes investidores do País.
O ritmo de fortalecimento do dólar ante o real só não se mantém tão forte quanto na abertura por conta do exterior ameno nesta manhã e também do alto patamar da moeda americana no Brasil. No mercado global de moedas, o dólar tem sinais mistos ante as divisas emergentes e de economias desenvolvidas, sendo que o sinal de baixa é o que prevalece.
O euro está mais forte do que a divisa americana por conta da divulgação do índice de sentimento das empresas da Alemanha medido pelo instituto Ifo, que surpreendeu analistas ao apresentar alta em março. Já a libra está em queda, em meio à pressão sobrida pela primeira-ministra Theresa May para deixar o cargo em troca de apoio a seu acordo do Brexit. May é esperada no Parlamento às 12h30 (de Brasília) para um pronunciamento.
Às 9h22, o dólar à vista subia 0,38% aos R$ 3,9176. O dólar futuro (contrato para abril) avançava 0,26% aos R$ 3,9180.