Após anunciar a interlocutores que, por ora, irá se afastar da articulação da Nova Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segue em Brasília nesta sexta-feira, 22, e deve ficar na capital no sábado, 24, e domingo, 25. O deputado costuma ir ao Rio de Janeiro ao fim dos trabalhos da semana no Parlamento.
Apesar da permanência, não há em sua agenda qualquer encontro com representantes e equipe do governo, apenas eventos que serão realizados na Câmara.
Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, irritado com os ataques que tem recebido nas redes sociais, com a falta de articulação do governo, além dos recentes embates com o ministro da Justiça, Sergio Moro, Maia ameaçou se afastar da articulação pela reforma da Previdência, pelo menos por enquanto.
O sentimento do presidente da Câmara, neste momento, é de indignação, segundo um aliado.
Ataques nas redes tentam classificar Maia como um autor da "velha política", que busca aprovar medidas em troca de favores, como cargos.
"Desafio o governo a mostrar um cargo que for que Maia tenha pedido", disse o aliado.
Os políticos mais próximos têm aconselhado que Maia se afaste totalmente da articulação.
A perspectiva entre os líderes partidários do Centrão é que não há nenhum outro nome que possa substituir Maia rapidamente no Congresso nesta articulação para tentar aprovar a Previdência, o que pode prejudicar significativamente o andamento da reforma.