O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, disse nesta segunda-feira que há um consenso geral na Opep+ sobre a necessidade de estender os cortes na oferta de petróleo do grupo. A Opep+ reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados liderados pela Rússia.
No fim do ano passado, a Opep+ decidiu reduzir sua produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) durante o primeiro semestre de 2019, como parte de uma estratégia para conter a oferta global excessiva e impulsionar os preços do petróleo. A Opep se responsabilizou por um corte de 800 mil bpd e os aliados, pelos demais 400 mil bpd.
Al-Falih, que falou durante reunião de dois dias da Opep+ que se encerra hoje no Azerbaijão, disse que ainda há excesso de oferta no mercado de petróleo e que, enquanto os estoques continuarem subindo, os grandes produtores não mudarão sua estratégia atual de restringir a oferta.
O ministro também destacou que a Opep+ deseja ver o impacto de sanções impostas pelos Estados Unidos ao petróleo do Irã e da Venezuela antes de mudar de rumo.
Al-Falih comentou ainda que é preciso reconsiderar se há necessidade de a Opep+ realizar outro encontro em abril, uma vez que os produtores não conseguirão decidir até lá sobre os níveis da oferta do segundo semestre. O saudita ressaltou, porém, estar confiante de que a Opep+ irá cumprir ou até exceder suas cotas de redução na produção nas próximas semanas.
Al-Falih disse também que os investimentos no setor petrolífero vêm apresentando uma modesta recuperação e que serão necessários gastos de US$ 11 trilhões nas duas próximas décadas para atender o crescimento na demanda por petróleo. Com informações da Dow Jones Newswires.