Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY fecham sem direção única, com Dow Jones pressionado por Boeing

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta terça-feira, 12, com os papéis da Boeing pressionando o índice Dow Jones após a queda da aeronave de modelo 737 Max 8 ter matado 157 pessoas no fim de semana, na Etiópia. Os investidores ainda se mantiveram cautelosos em meio à votação do Brexit, com receios sobre as consequências da reprovação da estratégia de saída do Reino Unido da União Europeia proposta pela primeira-ministra britânica, Theresa May. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,38%, em 25.554,66 pontos, o Nasdaq avançou 0,44%, a 7.591,03 pontos, e o S 500 subiu 0,30%, a 2.791,52 pontos. As ações da Boeing caíram 6,15%, após a China, Indonésia, Austrália e Cingapura terem decidido suspender o uso das aeronaves 737 Max 8, que caiu em Adis-Abeba, na Etiópia, no domingo. No Brasil, a Gol, única empresa aérea a operar esse tipo de aeronave, comunicou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que determinou uma pausa nas atividades destes aviões. Entre os ADRs negociados em Nova York, o papel da Embraer recuou 1,94%, enquanto o da Gol, única operadora desse modelo do avião no Brasil, teve alta de 0,51%. Na Dow Jones, a Apple teve a melhor performance do dia, subindo 1,12%, seguida pelo UnitedHealth Group, que também avançou 1,12% e da Home Depot, que teve alta de 0,86%. No S 500, a F5 Networks caiu 7,7% após analistas do J.P. Morgan revisarem a recomendação das ações da empresa de "acima da média" para "neutro". O S 50 fechou em alta apoiado pelas altas da Devon Energy (3,45%), Whirlpool (3,23%), Newmont Mining (3,20%) e Align Technology (3,07%). Analistas de investimentos da JAG Capital Management argumentaram que "os dados econômicos estão estranhos ultimamente", gerando um sentimento de incerteza entre os investidores. Na agenda de indicadores econômicos, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos veio abaixo do esperado, o que reforça a paciência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na política monetária, fato que tende a ser positivo para os mercados acionários.