O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), minimizou o baixo número de interessados no leilão da linha 15 - Prata do monotrilho no Metrô. Apenas o consórcio Viamobilidade - linha 15, formado pela CCR e pelo Grupo Ruas, na proporção de 80% e 25%, respectivamente, compareceu ao certame e arrematou a concessão com uma proposta 0,59% acima do valor mínimo de outorga, ou R$ 160 milhões.
"É a regra. Pode se apresentar uma, duas, três, quantas empresas desejarem, a regra é muito clara. Teve uma proposta, a proposta analisada, como foi esta, é válida e ela é importante. O triste seria vazio, estarmos aqui todos decepcionados pela falta de uma empresa com interesse para a conclusão de uma linha tão importante como essa. Se tivermos mais competidores, melhor, mas se tivermos sempre um que assuma a responsabilidade de levar adiante e concluir a obra, dentro do prazo e das condições impostas, assim será ", disse o governador, ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas. Minutos antes, durante breve discurso, ainda antes da batida de martelo, o governador criticou a falta de entusiasmo dos presentes.
No discurso, Doria reforçou a aposta de sua gestão na livre iniciativa e na parceria com investidores privados para melhorar a qualidade do serviço público no Estado e gerar emprego e renda. Ele salientou que a linha atende a zona Leste da capital, "uma região de baixíssima renda e de concentração de pessoas desempregadas, que agora o transporte público chega de qualidade e eficiente".
"A linha Prata é um símbolo, no conceito que ela representa, pois traz benefícios para o setor privado, traz benefício aos trabalhadores. Porque isso significa por óbvio a contratação de milhares de trabalhadores da construção civil, engenheiros, profissionais capacitados e habilitados em transporte público, especificamente em monotrilho, e isto traduz uma prioridade do Estado de São Paulo: gerar emprego e oportunidades e fazer isso preferencialmente com investimento privado", disse o governador.