O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que, por enquanto, o governo não deve dar incentivos para evitar o fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP), que tem 3 mil funcionários. Ele, no entanto, disse que o governo está estudando a situação, que é "preocupante".
"Toda vez que vai haver aumento do desemprego, preocupa o governo. Estamos estudando esse assunto porque é uma empresa privada e, neste caso, é questão de desoneração e tributos. Então, temos que dar uma estudada nisso", disse ele.
Questionado se poderia haver algum incentivo específico para não se fechar a fábrica, Mourão disse que, por enquanto, isso está "fora de questão".
No período da manhã, Mourão recebeu o presidente e o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Firmino de Santana e Paulo Aparecido Silva Cayres, o secretário-geral da CUT, Sérgio Aparecido Nobre, e o diretor da entidade, Adalto Oliveira, para discutir a questão da fábrica da Ford.
Na semana passada, a Ford anunciou o fechamento da fábrica. Em comunicado, a empresa informou que vai deixar de produzir caminhões e também o carro compacto Fiesta, ambos feitos na planta pertencente à montadora americana desde 1967, quando a adquiriu a Willys Overland do Brasil.
Guaidó
Sobre a visita do líder de oposição venezuelano, Juan Guaidó, ao Brasil nesta quinta, Mourão afirmou que ele está sendo reconhecido como o presidente real da Venezuela. "Ele veio aqui mostrar para os venezuelanos que ele é recebido pelo presidente brasileiro", disse.