O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, avaliou que janeiro teve o segundo melhor resultado para o mês na criação de empregos nos últimos seis anos.
O mercado de trabalho brasileiro criou 34.313 empregos com carteira assinada em janeiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pela pasta. O volume ficou abaixo das expectativas de mercado e bem aquém da abertura de 77.822 vagas de janeiro do ano passado.
"Ainda sofremos um pouco com o realinhamento das expectativas e com a retomada de investimentos. Mas a tendência de geração de empregos deve continuar", avaliou.
O coordenador geral de estatísticas da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Mário Magalhães, argumentou que o saldo de geração de empregos no mês passado está em linha com o observado no começo de 2013 e 2014 - os dois últimos anos antes da recessão.
Magalhães apontou o fechamento líquido de 65.978 vagas pelo comércio em janeiro representou metade da queda do ritmo de abertura de vagas no mês passado, mas ponderou que a quantidade de trabalhadores temporários que continuaram empregados no setor aumentou neste ano.
"Isso tem a ver com o maior número de contratações temporárias em novembro e dezembro do ano passado. O resultado do comércio parece negativo, mas houve 108 mil contratações pelo setor no fim de 2018, ante 74 mil no fim de 2017. Com o ajuste de janeiro, cerca de 26 mil trabalhadores continuaram trabalhando no comércio no começo do ano passado, saltando para 42 mil no começo deste ano", detalhou.